1.11.13

2 Creepypastas

FLAPPY, O PALHAÇO                                                                                   Tenho fobia de palhaços, ver um deles me causa calafrios e me faz querer me afastar o mais rápido possível. Há 24 anos atrás, quando eu tinha somente 6 anos de idade, estava vivendo na casa da minha avó, pois meus pais estavam sempre tendo discussões e minha avó decidiu que era melhor que eu ficasse com ela por alguns dias, enquanto eles se acalmavam. Mas esses 3 dias seriam completamente opostos à palavra “tranquilidade” e se converteram na memória mais horrível de minha vida.

No primeiro dia que cheguei na casa da minha avó, me sentia muito triste por causa dos meus pais, ainda podia escutar como gritavam um com o outro. Minha avó, que sempre me amou muito, me levou até seu quarto, onde havia um baú com muito pó em cima, como se não tivessem tocado nele havia muitos anos. Ela abriu o baú e dentro dele se encontravam muitas bugigangas velhas que já nem me lembro, mas o que mais me chamou atenção foi o que estava lá no fundo: um boneco muito estranho, em forma de palhaço, mas com algumas deformidades, como seu pescoço que era muito mais largo que o normal e seu corpo redondo na parte de baixo. Não tinha um aspecto bonito, mas chamativo. O que mais me chamou a atenção foi o sorriso que ele tinha, o rosto pálido, com olhos pequenos e pretos, tanto que era possível ver seu próprio reflexo neles e os lábios marcados com pintura vermelha muito fina ao redor deles. Minha avó quis me presentear com um companheiro para que eu não me sentisse sozinho, e a princípio eu aceitei com alegria, já que parecia ser um simples brinquedo. Antes de ir dormir com “Flappy” (que era o nome que pus no boneco), brinquei um pouco com ele no quarto, e em um certo momento, me dei conta de que havia um cordão embaixo de sua camisa, quando levantei a roupa, me dei conta de que era uma cordinha que fazia o palhaço falar.
Obviamente, não pensei duas vezes antes de acionar a cordinha. A princípio, não aconteceu nada, então acionei mais vezes até que o palhaço abriu a boca. Mas o que dizia não eram palavras, eram sons estranhos, como se estivesse quebrado, então, começou a mover a mandíbula de uma maneira um tanto violenta, enquanto esses sons continuavam. Era o barulho mais amedrontador que eu tinha escutado, assim, larguei Flappy num canto e fui dormir com esse som horroroso que não saía da minha cabeça.
No dia seguinte, contei para minha avó o problema de Flappy, e ela o pegou para tentar encontrar qual era o problema. Eu esperei na sala, nervoso por causa daquele som e, sem que me desse conta, o som voltou a tocar, e agora parecia uma senhora chorando desesperadamente, gritando de forma desesperada. Neste momento, tudo que fiz foi tapar os ouvidos para que aquele barulho parasse.
Minha avó estava descendo as escadas lentamente, passo por passo, e estava pálida. Ela se aproximou de mim, me levantou do solo e começou a pressionar minha garganta, tão forte que quase quebrou meu pescoço, enquanto gritava obscenidades e maldições. Logo me soltou e quebrou o vidro de um velho relógio que tinha, e com os cacos, arrancou os próprio olhos. Enquanto jorrava sangue das crateras de seus olhos, ela cortou a própria mandíbula desde as bochechas, o que lhe deu um aspecto cadavérico impactante, logo, se jogou no chão e começou a bater a cabeça violentamente contra o solo. Primeiro, vi como quebrava os próprios dentes, logo seu nariz, seu crânio... Até que morreu, ensanguentada e destruída no chão de sua própria sala. Neste momento, eu estava em estado de choque, depois de presenciar aquele ato. Tudo o que consegui foi ficar parado observando o corpo de minha avó, e então, subi as escadas, peguei o boneco e saí caminhando para fora da casa tranquilamente. Não chorei nem produzi nenhum som, apenas caminhei para longe daquele lugar.
No dia seguinte, meus pais encontraram o corpo de minha avó, e começaram uma busca incessante envolvendo a polícia, para me encontrar. Até hoje não sei quanto tempo fiquei perdido, apenas sei que, quando meus pais me encontraram, eu estava dormindo ao lado do boneco, em uma praça escura muito distante da casa de minha avó. O mais impressionante foi que eu não estava com nenhuma marca, enquanto o boneco tinha as mãos, a boca e a roupa sujas com o sangue de minha avó.

INTERFERÊNCIA
Deixe-me começar dizendo que isso é uma história real da minha infância, se você visitar a grande biblioteca no centro de Notthingham, e procurar pelos registros de jornal, você vai encontrar a matéria que eu detalho aqui.
Tudo isso se passou a mais ou menos 15 ou 16 anos atrás. Eu tinha 7 anos e meu primo Dale talvez uns 9. Talvez 10. Ele ficaria lá em casa naquela semana. Sendo eu a única criança eu não tinha muitos brinquedos… e meu Sega Genesis estava quebrado. Então não tínhamos muito o que fazer.
Nossos dias consistiam em assistir desenhos na TV e no Dale me contando histórias de terror quando chegava a noite. Minha mãe, empatizando conosco, comprou um par de walkie talkies para brincarmos. Nos divertimos muito, brincávamos ao redor da casa até as 17 mais ou menos e não íamos muito longe. Lá pelas 18 tínhamos que jantar e não tinha mais tanta graça brincar com os walkies dentro de casa. Esperávamos a hora de dormir para ficarmos trocando histórias de fantasmas de um quarto pro outro.
Nos falamos por umas horas até Dale começar uma história de um monstro que assombrava a floresta ali perto e sua voz ser cortada pro estática que dá quando se solta o botão no meio da fala. Respondi e esperei ele falar. Continuou estática entrecortada pela voz dele, e então começou a parte assustadora.
No meio dos chiados e da voz de Dale, pude ouvir uns gritos e choros de bebê. Foram os segundos mais estranhos da minha vida, conversar com Dale sendo interrompido por choros, gritos, barulhos estranhos e estática, enquanto só comentávamos o quanto AQUILO era estranho. Até que parou. Corri até o quarto de Dale e ele estava sentado na cama com a luz ligada. Esclarecemos que não era nenhuma brincadeira de nenhuma das partes e ligamos de novo. Agora o choro, os gemidos e os gritos estavam bem mais claros. Muito aterrorizados, desligamos os walkie talkies e fomos dormir. Tentei me convencer de que era tudo problema dos fones ou algo assim… Ou só a estática fazendo barulhos semelhantes ao que achei que havia sido.
Fui acordado no dia seguinte por uma multidão em frente a minha casa acompanhando a prisão da nossa vizinha. Ela havia se mudado a pouco tempo com seu filho mais novo, logo após a morte do nosso vizinho de idade avançada.. Dale e minha mãe estavam lá em baixo olhando tudo enquanto ela gritava xingamentos e profanidades. Ela conseguiu sair do poder da polícia mas logo foi pega e algemada dentro do carro. Ela era uma pessoa normal, tinha se mudado a pouco tempo e não tinha motivo aparente para ser presa.
No dia seguinte estava no jornal o motivo da prisão. Ela havia matado seu filho, ainda um bebê, aparentemente após de ver assustadoras aparições do nosso vizinho recentemente morto. Ela recebeu visitas do fantasma por semanas até que enlouqueceu, se machucou, quebrou móveis da casa e assassinou seu filho.
Essa não era a parte mais assustadora.
O laudo policial mais detalhado contava que a babá eletrônica havia sido deixado ligada.
A estática que os walkie talkies capturaram foi por isso. Só interferência.
Eu e meu primo ouvimos tudo enquanto ela matava seu filho.


2 comentários:

  1. AVISO: As votações para o concurso TriPankóKnight já começaram, por isso já podes pedir aos teus amigos que passem pelo Pankax&Pankadax e votem em ti. Também tu podes votar nos teus favoritos, não deixes passar estas votações para finalmente podermos saber quem será o vencedor do TriPankóKnight O . <)b Boa Sorte!

    Kissu ~♥ || Pankax&Pankadax

    ResponderExcluir

Vai comentar? Muito obrigada, vai fazer uma louca feliz.
Mas antes temos umas regrinhas
♠- Apesar de eu falar palavrões, e de mais da conta, por favor se contenham com os palavrões também
♥- O Eternamente Otaku, e eu, Karin, adoramos novos rostinhos por aqui. Por isso não se acanhem em querer comentar.
♦- Eu respondo os comentários, as vezes demora um tempo, mas eu sempre respondo.
♣- Tua opinião é essencial para o blog. Mas claro, que espero que você tenha educação.
♠- Aceitos tags.
♥- Comente seu link no blog, mas recomendo que tenha cuidado, o google pode considerar spam.
♦- "Seguindo, segue?" Vou pensar ¬¬
Obrigada por comentar ♥